20/01/2016
Assassínio massal de minorias religiosas pelo ISIS (debate)
A inação internacional na Síria, no Iraque e na Líbia deixou iazidis, cristãos, curdos, xiitas, sunitas, amazighs, tubus e outras minorias religiosas e étnicas completamente à mercê da violência bárbara do Daexe e outras organizações terroristas. Nada me custou mais do que ouvir, no Curdistão iraquiano, jovens iazidis que haviam conseguido escapar ao Daexe e precisavam de ajuda para se recuperarem e para libertar os mais de 4000 ainda escravizados por esta banda assassina.
É incompreensível que a União Europeia ainda não tenha tomado a iniciativa de pedir ao Conselho de Segurança da ONU que refira o genocídio dos iazidis e outros crimes do Daexe contra a humanidade ao Tribunal Penal Internacional, como pede o governo do Curdistão iraquiano. Mas como nos disseram os patriarcas cristãos de Dohuk e Erbil, se queremos defender as culturas e as minorias pré-islâmicas no Médio Oriente, temos de as ajudar a ter condições de segurança para ficarem nas suas casas e terras, e não para fugirem para a Europa. Temos de fazer mais e melhor, articulando ajuda humanitária e desenvolvimento para que tenham condições para ficar e sobreviver. Mas sobretudo temos que nos organizar e coordenar na luta contra o Daexe e outras cabeças da hidra terrorista, e contra quem a apoia na vizinhança, na nossa vizinhança, e também dentro da própria União Europeia.